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Hackers vendem conteúdo de câmeras de segurança em grupos de comunicação
Tecnologia
Publicado em 19/10/2020

Pacote com 4 terabytes de vídeos e imagens estão sendo comercializados por US$150.

Imagens e vídeos coletados por câmeras de segurança expostos na rede estão sendo comercializados por hackers em grupos de comunicação com interessados nesse tipo de invasão de privacidade. O pacote com 4 terabytes está à venda por US$ 150, aproximadamente R$850, e o grupo ainda oferece uma “amostra grátis” com 4 mil fotos. 

 

A notícia foi relatada pelo site cingapuriano “The New Paper”, que detalhou todo os caso. Segundo a publicação, as câmaras associadas à ocorrência são as do tipo IP, mais comumente conhecidas por “câmeras de segurança”, e que podem ou não ter conexão com a internet. 

 

A reportagem ainda conta que de acordo com algumas investigações, as imagens podem ter sido coletadas de câmeras localizadas no Canadá, Cingapura, Tailândia e Coréia do Sul.  Dentre as imagens e vídeos comercializados pode haver conteúdo infantil e adolescente. 

 

Embora ainda não se saiba como que os hackers tiveram acesso a esse conteúdo, o problema de segurança desses dispositivos já foram relatados anteriormente. 

 

No Brasil, a Polícia Federal emitiu um alerta no começo do ano sobre a segurança de câmeras e babás eletrônicas. Segundo o comando, foi verificado 141 invasões aos equipamentos em 35 estados diferentes. No Reino Unido, um caso muito semelhante foi reportado em junho deste ano. 

 

Especialista em segurança de dispositivos com conexão a internet explicam que as câmeras que possuem a habilitação para esse tipo de conexão devem ser muito bem protegidas com senhas de alta complexidade e softwares atualizados. E, que após um tempo, se o fabricante descontinuar o suporte, é preciso, talvez, repensar a continuação do uso do equipamento ou utilizá-lo de maneira bem mais restrita. 

 

Isso porque, os produtos, que não possuem suporte do fabricante ou atualizações recentes nos softwares, ficam mais desprotegidos e mais susceptíveis a ataques de hackers, já que as imagens e vídeos capturados pelas câmeras ficam armazenados na rede. 

Foto: Reprodução

Por: Camila Moraes Camilo

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