600 mil micro e pequenas empresas já fecharam as portas
Os efeitos do isolamento social radical por causa da pandemia já são nítidos em vários segmentos da economia. Muitos negócios de diversos setores já anunciaram demissões de trabalhadores, como no caso do Cirque du Soleil que dispensou 95% dos seus artistas e da rede de restaurantes Madero que demitiu 600 colaboradores, para enfrentar a crise. Mas o caso se agrava quando falamos de micro e pequenas empresas que começam a fechar suas portas gerando a morte do CNPJ e demissão de todo quadro de funcionário.
Segundo pesquisa “O impacto da pandemia do corona vírus nos pequenos negócios” realizada durante o mês de abril pelo Serviço Brasileiro de Apoio às micro e pequenas empresas (SEBRAE), mais de 600 mil micro e pequenas empresas fecharam as portas e 9 milhões de funcionários foram demitidos desde o inicio da pandemia.
Ainda segundo a pesquisa, a situação financeira das pequenas empresas no país piora a cada dia, cerca de 70%, dos 6.080 empreendedores que participaram do levantamento, afirmam que as empresas não tem mais caixa para se manterem o que gera estimativa de corte de 3 milhões de vagas de emprego. E os setores mais prejudicados são de máquinas, micro empresas, varejo, bares e restaurantes.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil subiu 12,2% no primeiro trimestre do ano. Cerca de 12,9 milhões de pessoas estão em busca de emprego e 1,2 milhão de trabalhadores foram desligados de janeiro a março.
Muitos empresários estão solicitando empréstimos para preservar as atividades e não demitir pessoas, porém com a queda cada vez mais acelerada do rendimento fica difícil manter todos os gastos de uma instituição. Apesar das medidas adotadas pelo governo para salvar os pequenos negócios os empresários estão com dificuldades em acessar os benefícios liberados, isso porque as instituições financeiras estão restringindo o credito além de simplesmente negarem o pedido.
Segundo o empresário Marcelo Petinelli, do Setor varejista de Mirassol, o fechamento de um CNPJ significa que vários CPFs estarão sem carteira assinada, sem trabalho fixo, sem rendimento para se manter e consequentemente o aumento do desemprego no país. “Quando uma empresa fecha várias famílias ficam sem renda. E isso prejudica de mais a classe operária, as pessoas que dependem desse emprego para viver” diz o empresário.
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Por: Ana Paula Nunes