Todos os crimes foram praticados com extrema violência: as vítimas foram enforcadas e enterradas vivas, uma delas morreu. O carro utilizado por ele (foto) foi a chave para identificar o homem
Policiais civis da DEIC prenderam um soldador de 47 anos suspeito de ter cometido, pelo menos, quatro estupros sendo um deles com resultado morte.
O criminoso, que mora no bairro Ouro Verde, zona norte de Rio Preto, já é reincidente na prática. Segundo Wander Solgon, delegado à frente das investigações, o homem ficou 20 anos preso, de 1997 a 2017, pelos crimes de estupro e homicídio.
Três mulheres já reconheceram o estuprador, que está preso temporariamente.
“O veículo utilizado por ele, um Corsa Wind branco, foi a chave para a gente chegar na identificação do suspeito”, revelou Solgon.
A maioria das vítimas são garotas de programa ou dependentes químicas.
As investigações apontam que ele seria o autor do homicídio contra a desempregada Sebastiana Fátima de Souza, de 55 anos, cujo corpo foi encontrado carbonizado em uma área de mata em janeiro no ano passado. Exame necroscópico apontou que a mulher foi vítima de violência sexual antes de morrer.
O companheiro dela afirmou à polícia que a mulher era dependente química e fazia programas sexuais para sustentar o vício.
Outros três casos, ocorridos em março (2019), dezembro (2019) e março deste ano (2020), apontam para a semelhança no modus operandi do estuprador: três mulheres sobreviveram à violência e pediram socorro, nuas, em áreas rurais.
A primeira delas, uma desempregada de 27 anos, afirmou que pedia esmola no semáforo da avenida Danilo Galeazzi quando um desconhecido ofereceu carona, com a promessa de pagar um lanche. No caminho ele mudou o trajeto e levou a vítima para um canavial. A mulher foi estuprada e enforcada. Pensando que ela estaria morta, o criminoso foi embora e ela pediu ajuda em um cemitério de Talhado.
No outro caso, que também vitimou uma dependente química, a mulher pediu socorro em uma chácara do mesmo distrito. Ela estava suja de terra, disse ter sido enterrada viva, e também tinha sinais de enforcamento.
O quarto e mais recente caso, cuja autoria também aponta para o morador de Rio Preto aconteceu em março deste ano, em Uchôa. Uma jovem de 22 anos, ensanguentada e suja de terra pediu socorro em uma propriedade rural do município após ter sido estuprada, dessa vez, por dois homens. Nesse caso, a vítima também alegou que foi enterrada viva.
Segundo Solgon, o homem nega todas as acusações.
Por: Myriã Almas