Rio Preto iniciou a semana com 1.334 pessoas contaminadas pelo coronavírus. A atualização foi feita na tarde desta segunda-feira, dia 15, pelo secretário de Saúde Aldenis Borim, revelou ainda que desde o início da pandemia na cidade 12.396 pacientes foram atendidos pelo sistema de saúde público com algum estado gripal. Destes, 8.272 passaram por testes para detecção da Covid-19, com 6.938 resultados negativos para a doença.
747 pacientes foram recuperados (56% do total de contaminados), 279 profissionais da saúde e 230 pessoas que apresentaram a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e necessitaram de internações, tanto em UTI’s como enfermarias. São 289 casos para cada 100 mil habitantes em Rio Preto.
Duas pessoas morreram neste final de semana, elevando para 40 o número de mortes por coronavírus. Ambas são do sexo feminino, de 80 e 89 anos que apresentavam comorbidades (condições de risco). Os falecimentos foram registrados neste domingo, dia 14.
O Secretário da Saúde ainda chamou a atenção para o aumento de óbitos verificados em cada semana. Na última, por exemplo, foram 11 registros, recorde desde o início de casos em Rio Preto. Das mortes, 70% são de pessoas na faixa etária de 60 anos ou mais, ou seja, 2/3 do total. “Porém, 30% desses óbitos também estão ocorrendo em uma faixa etária abaixo dos 60 anos. Nós temos uma taxa significativa abaixo dos 60 anos. Cuidado ao pensar que só acomete e causa morte em idosos”, destaca Aldenis.
Outra preocupação foi com o número crescente de internações por semana decorrentes da síndrome respiratória aguda grave (SRAG). São 993 casos no total, com 230 pacientes positivos para coronavírus, 680 negativos e 83 que permanecem em investigação. São 274 notificações (27%) somente nos últimos 14 dias, destes 162 pacientes internados (UTI 63 e enfermaria 99).
“Essa ascensão faz com que a gente alerte pra ter mais cuidado com aglomerações. Enquanto vira número a gente vê de uma maneira, mas quando vira gente, nome, parente, amigo, talvez seja um pouco tarde para tomar os cuidados. Fiquem em casa o máximo possível”, reforça o secretário.
Respondendo a perguntas da imprensa local, o secretário de Saúde destacou que havia o entendimento do Comitê de Enfrentamento ao Coronavirus de que com a flexibilização do comércio os casos iriam aumentar. No entanto, esclareceu que o que deve ser evitado é o crescimento descontrolado, que acarrete a falta de leitos e medicamentos.
“A flexibilização causa um movimento maior. Já era esperado. As pessoas precisam entender que não são apenas os leitos, mas a falta de medicamentos, por exemplo, que pode fazer com que o sistema de saúde entre em colapso”, disse.
Por: Matheus Portilho