Compositor de inesquecíveis canções, dentre elas “O bêbado e a equilibrista”, Blanc estava há mais de 20 dias internado, no Rio de Janeiro, com infecção generalizada
Morreu na madrugada de segunda-feira (04), o escritor e compositor Aldir Blanc aos 73 anos. Blanc estava internado no Hospital Universitário Pedro Ernesto, na zona norte Rio de Janeiro, por causa do novo coronavírus.
O compositor carioca deu entrada na Coordenação de Emergência Regional (CER), no bairro Leblon, no dia 10 de abril com pneumonia e infecção urinária, que logo evoluíram para uma infecção generalizada. Após 5 dias de campanhas de muitos amigos para conseguirem um leito na rede pública, Aldir foi transferido para o Hospital Universitário Pedro Ernesto.
Blanc chegou a apresentar melhora no quadro de saúde depois da transferência para o hospital, no entanto o seu estado era muito grave e não resistiu. Os médicos contaram que o artista foi mantido em sedação o tempo todo.
Considerado um dos mais importantes compositores de Música Popular Brasileira (MPB), Aldir Blanc começou a compor suas letras nos anos de 1960 e ficou muito conhecido pela canção “O bêbado e a equilibrista”, escrita em parceria com João Bosco e eternizada na voz de Elis Regina. Além dessa famosa obra, outras composições ganharam o coração dos amantes de MPB, como “O mestre-sala dos mares” e “Caça à raposa”.
Blanc também ficou conhecido por suas crônicas que revelavam paixões do próprio escritor, como o time de futebol Vasco da Gama, o carnaval e o bairro Vila Isabel, onde passou sua infância. Algumas de suas obras mais famosas são: "Porta de tinturaria", "Vila Isabel - Inventário de infância" e "Um cara bacana na 19ª"
O amor pelo carnaval ultrapassou as folhas de papel e o autor e compositor carioca também batizou um dos blocos de carnaval mais tradicional do Rio de Janeiro, o “Simpatia é quase amor”.
Nas redes sociais, artistas e autoridades lamentaram a morte do compositor carioca e prestaram homenagem citando trechos de canções e textos escritos por Blanc.
Foto: Reprodução
Por: Camila Moraes Camilo