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Nobel 2020 em medicina vai para pesquisadores que descobriram o vírus da hepatite C
Ciência
Publicado em 05/10/2020

Prêmio deste ano vai para Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice por terem descoberto o vírus da hepatite C, o que resultou na preservação de milhões de vidas.

 

Nesta segunda-feira (05), a Academia Sueca anunciou os ganhadores do Prêmio Nobel 2020 em medicina pela descoberta do vírus da hepatite C, são eles: Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice. Os vencedores repartirão o valor do prêmio de 10 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 6,3 milhões) em partes iguais. 

A hepatite é uma inflamação do fígado que pode se apresentar na forma crônica - ou seja, sem cura e causar câncer no portador, levando a morte - ou na forma aguda em que há tratamento. As taxas de cura são acima de 95% e diferentemente dos outros tipos de hepatite, essa não possui uma vacina para a prevenção. O vírus da hepatite C é transmitido por meio de sangue e outros fluídos corporais. 

Embora não tenham trabalhado em conjunto, os três pesquisadores fizeram revelações importantes sobre a doença e que ajudaram a diagnosticar os casos de hepatite que eram transmitidos pelo sangue, mas não eram identificados como hepatite B. As primeiras descobertas foram feitas em 1989 e ajudou na identificação de portadores da doença e a fabricação de medicamentos que salvaram e ainda salvam milhões de vidas. 

O virologista americano Harvey J. Alter, por meio dos seus estudos sobre transfusões sanguíneas, identificou um vírus desconhecido que causava hepatite crônica. Hoje, o pesquisador trabalha no National Institutes of Health (EUA). Já o virologista britânico Michael Houghton usou a técnica de isolamento do genoma do novo vírus e que passou a ser chamado de vírus da hepatite C. Atualmente, ele é diretor do Instituto de Virologia Aplicada da Universidade de Alberta (Canadá). O virologista também americano Charles M. Rice apresentou a evidência final que comprovava que o vírus sozinho pode causar a doença. Rice é professor de virologia da Universidade Rockefeller (EUA) .

Segundo o Ministério da Saúde, a maior parte dos infectados pelo vírus não sabe que é portador da doença, pois os sintomas são raros e se manifestam em apenas 20% dos pacientes. Por esse motivo, a doença é considerada um problema mundial de saúde. Os principais sintomas são: tontura, febre, cansaço, enjoo, mal-estar, dor abdominal, olhos e peles amareladas, urina escura e fezes claras. 

De 1999 a 2018 foram notificados 359.673 casos da doença no Brasil. A pasta afirma que pessoas com mais de 40 anos são os mais afetados pela doença e os maiores números de casos estão na região Sul e Sudeste do País. 

Por não ter uma vacina, o único método de prevenção é o não contato com o vírus, assim é importante não compartilhar quaisquer objetos pessoais ou perfurocortantes que teve ou tem contato com sangue e utilizar preservativo nas relações sexuais.  

Foto: Nobel. Pesquisadores Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice ganharam o Prêmio Nobel em medicina pela descoberta do vírus da hepatite C. 

Por: Camila Moraes Camilo

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