Testes devem ser encerrados até a primeira quinzena de outubro.
O governador João Doria assinou nesta quarta (30), no Palácio dos Bandeirantes, um termo de compromisso que garante o fornecimento de 46 milhões de doses da Coronavac - vacina contra a Covid do laboratório chinês Sinovac - ao estado de São Paulo até o último mês do ano.
Com investimento de US$ 90 milhões, a assinatura do contrato também prevê que a tecnologia utilizada para a produção seja transferida ao Instituo Butantan, que é parceiro do laboratório chinês no desenvolvimento da vacina. Entre as vacinas fornecidas, 6 milhões serão enviadas ao Brasil e o restante será produzido em território nacional.
A vacina também já vem sendo testada no Brasil desde julho e, atualmente, os estudos clínicos da última fase são acompanhados por 12 centros de pesquisa científica em cinco estados e no Distrito Federal. O acordo de disponibilização da vacina foi assinado pelo governador, pelo diretor do Instituto Butantan e pelo vice-presidente mundial da Sinovac.
O instituto brasileiro prevê que os testes de eficácia da Coronavac sejam encerrados até o dia 15 de outubro. Tanto no Brasil quanto na China, os testes já estão envolvendo pessoas na faixa etária acima dos 60 anos, que são considerados grupo de risco da doença causada pelo novo coronavírus.
Caso os testes finais apresentem sucesso da vacina, o Instituto Butantan vai solicitar aprovação emergencial do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Se tudo der certo até lá, o foco do governo estadual é começar a vacinação a partir da segunda quinzena de dezembro, priorizando profissionais de saúde das redes pública e privada.
Nesta manhã, Doria mencionou que já existe um combinado verbal entre a direção do Butantan e a Sinovac para que outras 14 milhões de doses da vacina sejam fornecidas em fevereiro de 2021. "São Paulo quer proteger a saúde e a vida dos brasileiros", disse o governador.
Foto: Divulgação
Por: Bruna Yamasaki