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Técnica inédita para tratar câncer hepático é realizada em Rio Preto
17/11/2020 22:29 em Saúde

O procedimento foi realizado na última sexta-feira (12) por equipe do Hospital de Base.

 

O Hospital de Base de Rio Preto realizou pela primeira vez na região uma radioembolização hepática, procedimento minimamente invasivo para tratar pacientes com câncer no fígado. A técnica foi realizada na última sexta-feira (12) por equipes de três setores do hospital em um paciente de 63 anos, natural do Estado do Mato Grosso.

O procedimento inédito envolveu o cirurgião vascular André Miquelin, o médico nuclear Ricado Ferrari e o médico hepatologista Renato Silva, todos do Hospital de Base, e o cirurgião vascular Leonardo Galastri, do IBCC Oncologia e Hospital Albert Einstein. A técnica consiste na injeção intra-arterial de esferas emissoras de radiação beta (microesferas-ítrio-90) dentro do tumor com objetivo de alcançar uma elevada dose seletiva apenas no local desejado, sem atingir outros órgãos.

O hepatologista Renato Silva explicou que a técnica é indicada para pacientes com tumores primários no fígado ou com câncer de intestino com metástases predominantemente hepáticas que não apresentam indicação de ressecção cirúrgica. A dose do material radioativo é calculada com extremo critério pelos médicos do Serviço de Medicina Nuclear do hospital. “Desta forma, o procedimento pode ser feito com toda a segurança para o paciente”, ressaltou o médico nuclear Ricardo Ferrari.

“A técnica é minimamente invasiva, pois fazemos um corte de milímetros. A radioembolização hepática oferece resposta muito positiva no controle da doença, além de muitos outros benefícios”, afirmou Miquelin, do Einstein. Entre os benefícios para o paciente, estão a redução significativa de efeitos colaterais, o menor tempo de hospitalização, a maior rapidez na recuperação e no retorno às atividades cotidianas, sem a necessidade de incisões durante o procedimento.

A radioembolização também pode ser aplicada em casos de câncer de vias biliares e tumores de outros órgãos com metástase hepática. “A depender do caso, ela pode ser associada à quimioterapia ou a outras formas de tratamento contra o câncer”, diz Renato Silva.

Foto: Divulgação

Por: Ana Paula Nunes

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