Laboratório sueco AstraZeneca confirmou que a reação adversa com paciente não tem relação com a vacina e que os teste podem ser retomados nesta segunda no Brasil.
Recomeça nesta segunda-feira (14), a fase 3 dos testes da vacina contra o Covid-19, desenvolvida pela Universidade britânica de Oxford e o laboratório sueco AstraZeneca, no Brasil. O anúncio foi feito pelo próprio laboratório farmacêutico no último sábado (12) e a decisão foi aprovada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os testes foram paralisados no dia 8 de setembro após uma voluntária apresentar uma reação adversa que poderia estar relacionada com a vacina. Segundo os responsáveis pelo processo de testagem, nenhuma relação foi encontrada entre a vacina e o quadro clínico da paciente. No entanto, a Universidade e o laboratório não divulgaram detalhes do caso por motivo de confidencialidade com os participantes.
A Anvisa comunicou que recebeu as informações oficiais por meio do governo britânico e pelo laboratório no sábado (12) e no mesmo dia afirmou que concordava com a volta dos testes. O órgão ainda a informou que avaliou o risco/benefício da vacina e que por isso valia a pena continuar com o teste. Porém, caso haja algum risco para os brasileiros, a agência tomará medidas para a paralisação dos testes. O programa de testagem no Reino Unido retornaram no último sábado junto a veiculação dos resultados.
No Brasil, quem coordena a terceira fase de testes é a Universidade Federal de São Paulo, por meio do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie/Unifesp). A pesquisa já aplicou doses em 4,6 milhões de voluntários no País e nenhuma reação adversa foi reportada em voluntários brasileiros.
A vacina contra o Covid-19 produzida pela Universidade Oxford e o laboratório AstraZeneca é considerada uma das apostas para a imunização e controle da doença no Brasil. O Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinaram um documento que prevê a compra de 30 milhões de doses de vacina, que serão entregues entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Também é previsto a compra de mais 70 milhões de doses, se a vacina tiver eficácia comprovada.
Além das compras das doses, existe um acordo de transferência da tecnologia desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca para produção local na Fiocruz, com previsão do ministério de início ainda no primeiro semestre de 2021.
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Por: Camila Moraes Camilo