Esse é o primeiro festival realizado presencialmente em meio a pandemia, contando com muitos filmes independentes e respeitando o distanciamento social.
O Festival de Cinema de Veneza em sua 77ª edição termina neste sábado (12), sem registrar nenhum caso de coronavírus. Este é o primeiro festival em tempos de Covid-19, não havendo a presença do público, nem de estrelas de Hollywood, sem filas e aglomerações, com os espectadores sentados distantes uns dos outros, tendo um assento vazio de cada lado.
A realização do evento com total respeito às medidas de distanciamento social foi de grande sucesso, segundo o novo presidente da Bienal de Veneza, Roberto Cicutto, em fala a imprensa “Até agora, não foram registrados casos positivos de coronavírus. Isso é uma vitória”.
Segundo Eleanor Stanford, escritora do jornal "The New York Times", o distanciamento social foi "o valor agregado", porque o espectador ficou mais confortável. Essa edição foi “mais livre” segundo o Times, por causa da ausência de grandes produções americanas que utilizam o Festival de Veneza para lançar seus filmes ao Oscar.
Alberto Barbera, que encerra a gestão do Festival esse ano, após uma década no cargo de diretor falou realizado "Nós servimos de laboratório para os outros festivais". Durante os dez dias do evento, conforme tradição, contou com apenas 5000 repórteres credenciados, um número bem menor se comparado à ultima edição, que reuniu 12 mil.
Foram convidados o total de 60 longas-metragens para participar em cinco categorias distintas e 15 curtas, sendo a maioria obras de autores quase desconhecidos. E nesse ano, as mulheres se fizeram presentes no festival, aumentando o número em relação a edições anteriores, sendo oito mulheres concorrendo contra 10 homens pelo prestigiado Leão de Ouro.
As possibilidades de vencedores são muitas, e o que não se descarta é a possibilidade do júri, comandado por Cate Blanchett, premiar o filme de uma mulher.
Foto: Metrópoles
Por: Gustavo Francisquini