Secretário de Cultura do governo britânico, Oliver Dowden dá sinal verde para que Campeonato Inglês retorne em junho, mas impõe série de condições.
O Campeonato Inglês recebeu autorização do governo britânico para voltar em junho. Entretanto, terá que cumprir uma série de exigências além das adequações esperadas para o combate ao contágio ao novo coronavírus. Entre as condições impostas pelas autoridades, estão maior investimento nas divisões inferiores, no futebol de base e mais transmissões gratuitas, para que o futebol tenha maior alcance na população.
As exigências foram passadas à Premier League em reunião na noite da última quinta-feira (14) entre autoridades da liga e o Secretário de Cultura do governo britânico, Oliver Dowden. A liga agora está correndo para se adequar e lançar o “Projeto Recomeço”, discutido em inúmeras reuniões com os clubes nos últimos dias.
“O governo está abrindo as portas para o futebol competitivo retornar com segurança em junho. Isso precisa incluir amplo acesso aos torcedores à cobertura ao vivo e garantir que os ganhos provenientes da retomada do esporte apoiem a família do futebol em geral”, declarou Dowden à imprensa, logo após a reunião.
“Agora está com as autoridades do futebol em concordar e finalizar os detalhes dos seus planos. Há boa vontade dos dois lados para entregar isso aos torcedores”, garantiu Dowden.
O secretário ainda ressaltou que o governo e as autoridades sanitárias continuarão dando suporte à liga em qualquer que seja sua decisão.
Segundo o jornal “The Guardian”, a Premier League iniciou as conversas com as emissoras “Sky Sports” e “BT Sports”, canais fechados e detentoras dos direitos de transmissão do Campeonato Inglês no país, para encontrar uma solução às exigências.
A intenção do governo seria que os jogos restantes fossem disponibilizados em streaming na internet ou em canais abertos. De acordo com o “Guardian”, há 45 dos 92 jogos restantes que não estão cobertos pelo acordo entre a liga e as emissoras.
O governo quer que a Premier League divida lucros da volta do futebol e de possíveis futuros acordos com os clubes da EFL, que organiza as três divisões inferiores. O valor da contribuição giraria em torno de 200 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão, na cotação atual).
O maior impasse no momento é a questão esportiva. Os seis clubes que ocupam as últimas divisões têm se mostrado contrários a um possível rebaixamento, caso o campeonato seja finalizado precocemente. Em reunião na última quarta com representantes dos técnicos e jogadores, não houve consenso, e José Mourinho, treinador do Tottenham, se irritou.
É esperado que a decisão definitiva saia até o início da próxima semana, e que os clubes possam retomar suas atividades com treinos individuais. No entanto, há poucas esperanças que o campeonato possa recomeçar até o dia 12 de junho, data planejada desde o início.
Foto: Divulgação
Fonte: GloboEsporte.com
Por Miguel Flauzino