Nesta matéria, a enfermeira e palestrante Laís Gueroni aborda os mitos e verdades sobre a vacina e dá dicas para não ser guiado para uma falsa notícia.
14/10/2019
Por Nando Silva, às 18h15
A fim de sanar dúvidas referentes à saúde, a pessoa pode ser induzida a uma informação totalmente retorcida, guiadas pelo que se conhece como Fake News. Com uma notícia publicado, não é difícil ser comentado e compartilhado logo a seguir, seja pelas redes sociais ou boca a boca. Nesse aspecto, sua divulgação pode criar mitos ou levantar questionamentos se, de fato a informação procede. Assim, é importante não se atentar à boatos, mas sobretudo a informações provenientes de um profissional da área.
Mas se você é uma das pessoas que têm dúvida sobre a vacina, não se preocupe. Atenção a cinco mitos que você tem que saber para não comprometer sua saúde e se prevenir contra doenças. Vamos a elas!
Cartão de vacinação - Quando o assunto é vacinação, o cartão faz toda a diferença nesse processo. É ela quem vai identificar quando e qual será a sua próxima imunização. Além do mais, de acordo com enfermeira e palestrante Laís Gueroni, caso o indivíduo perca este documento, será necessário tomar tudo de novo. O cartão de vacinação é um histórico da vida. Assim, ela é um controle sobre todas as vacinas aplicadas desde bebê ao restante da vida. Laís explica que tomar todas as vacinas novamente não faz mal à saúde, porém, não é legal. Então, evite transtornos e guarde bem este documento.
Imunização da gripe – Quem deseja se prevenir, deve fazer isso antes que o da chegada do inverno. Quando a carteira de vacinação indicar a consulta a um médico, não se pode deixar para outra hora. E por falar em depois, é comum aparecer os sintomas da gripe poucos dias após a imunização. Segundo Laís, o efeito da vacina não surge um ou dois dias depois de aplicada. “A vacina demora 15 dias para desenvolver anticorpos.” Portanto, explica que é comum pessoas reclamarem da ineficácia da vacina da gripe. A especialista fala que essa informação não é verdade, já que os anticorpos que atuam no medicamento são mortos e não aplicam efeito reverso.
Alergia a ovo - O composto da vacina da gripe é mesmo encontrado no ovo, mas se você é uma das pessoas que não pode tomar vacina devido a alergia a este alimento, saiba que nem todo mundo vai estar livre da aplicação. Neste caso, Laís destaca que é fundamental levar a criança ao um médico pediatra, pois somente ele poderá avaliar cada caso. “No primeiro contato, tem crianças que vão ficar com vermelhidão no corpo,” afirma.
Calendário para vacinar - Todos os anos, o Ministério da Saúde lança datas para a vacinação de crianças, adultos, gestantes, adolescentes, indígenas e idosos. Desta forma, o Calendário Nacional de Vacinação informa as idades e as vacinas que cada um deve tomar. Aquele que esteja em dia, não deve ir em busca de um respectivo medicamento. A vacina pode ser aplicada em dose única ou não, a depender de cada caso. Segundo o site do Ministério da Saúde, em idosos, por exemplo, é indicado depois dos 60 anos e deve ser aplicada 3 vezes ou mais. Já em crianças até 10 anos, o ideal é tomar 12 aplicações, num total de 25 doses.
Vacina pública e particular - Certamente você já deve recebido um não depois de procurar uma vacina numa Unidade Básica de Saúde. Após isso, deve corrido para um consultório médico quando foi informado sobre o surto de uma doença. Certo? Mas, e quanto a vacina do posto de saúde e de um consultório particular. Será que diferentes?
Segundo Laís, o que diferencia estes medicamentos, além do preço, também é sua composição. Existem consultórios particulares que trabalham com o pentavalente, (difteria, tétano, coqueluche, meningite, entre outras) enquanto os postos gratuitos da rede municipal disponibilizam apenas o tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e doses individuais.
Neste caso, as clínicas atuam com mais compostos e imunizam a população contra mais doenças. “Mas se tratando de eficácia, nenhuma vacina é 100% garantida”, afirma a enfermeira Laís.
De acordo com o Ministério da Saúde, existem mais de 300 milhões de vacinas espalhados pelo Brasil. Essas doses são incluídas no Calendário Nacional de Vacinação e previnem crianças, adultos, idosos, gestantes, indígenas e adolescentes. Das mais de 20 doenças identificadas, existem 19 vacinas para prevenir a população, desde o nascimento até o resto da vida.
Com estas informações, o importante é não se deixar levar por falsas notícias. Procurar um médico sobre este assunto é sempre o melhor remédio.
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