Até o fim da próxima semana, a Avianca Brasil deverá ter sua frota reduzida das atuais 26 aeronaves para 5. Nos últimos dias, a empresa já perdeu dez aviões após as arrendadoras dos jatos vencerem um embate judicial aberto por causa da inadimplência da companhia aérea. A situação da Avianca preocupa a Latam, que se comprometeu a ficar com parte dos ativos da concorrente endividada em um leilão marcado para 7 de maio. A apreensão decorre do risco de a Avianca não conseguir chegar à data operando.
No leilão, o certificado de operação da Avianca será transferido para as sete Unidades Produtivas Independentes (UPIs), que serão criadas com os ativos da companhia - basicamente as autorizações de pouso e decolagem (slots) nos aeroportos. Se a empresa não estiver operando, a transmissão desses certificados é inviabilizada.Das UPIs que serão criadas, uma terá o programa de fidelidade da Avianca e o restante, entre 8 e 25 slots. Todas essas unidades já têm voos atingidos pelos cancelamentos feitos por causa da perda de aeronaves. Não se sabe, no entanto, qual o número mínimo de aviões que a Avianca precisa ter para manter a operação de cada UPI.Caso a Avianca consiga sobreviver nas próximas semanas, precisará de nova injeção de capital para operar até a conclusão das vendas das UPIs, o que não acontecerá antes do início de junho. Serão necessários, no mínimo, 30 dias para a análise do negócio pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).