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Contrariando Doria e ministro da Saúde, Bolsonaro diz que governo não comprará vacina chinesa
21/10/2020 18:58 em Política

A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (21) após o possível acordo entre o ministro e o governador João Doria para aquisição de 46 milhões de doses da Coronavac, vacina desenvolvida por laboratório chinês. O secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, informou que “houve uma interpretação equivocada da fala do ministro da Saúde” e não houve qualquer compromisso com o governo do estado de São Paulo no sentido de aquisição de vacina contra a covid-19.

De acordo com o presidente Jair Bolsonardo, antes de ser disponibilizada para a população, a vacina precisará ser “comprovada cientificamente” pelo ministério e certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vacina em questão já está na fase 3 de testes em humanos e, segundo Instituto Butantan, ela é uma vacina segura, ou seja, não apresenta efeitos colaterais graves. Ao todo, os testes serão realizados em 13 mil voluntários e a expectativa é que sejam finalizados até dezembro.

O anúncio de Eduardo Pazuello foi feito nesta terça-feira (20) durante reunião virtual com governadores. No momento foi assinado um protocolo de intenção para a compra das doses. Para auxiliar na produção da vacina, a pasta já havia anunciado o investimento de R$ 80 milhões para ampliação da estrutura do Butantan.

Caso a última etapa de testes comprove a eficácia da vacina, ou seja, comprove que ela realmente protege contra o novo coronavírus, o acordo entre a Sinovac e o Butantan prevê a transferência de tecnologia para produção do imunizante no Brasil. Ao todo, 13 mil voluntários vão participar dos estudos no Brasil e a expectativa é que os testes sejam finalizados até dezembro.

"NÃO HÁ INTENÇÃO DE COMPRA DE VACINAS CHINESAS"

O secretário executivo da pasta reafirmou que quando qualquer vacina estiver disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo Ministério da Saúde, ela será oferecida aos brasileiros por meio do PNI e, “no que depender desta pasta, não será obrigatória”.

Ele esclareceu que é uma medida para garantir vacinas seguras à população e afirmou que "não há intenção de compra de vacinas chinesas". 

Foto: Evaristo Sá/AFP

Por: Bruna Yamasaki

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